Há nisto um mistério que me desvirtua e me oprime. E tudo se me confunde num labirinto onde, comigo, me extravio
de mim.
de mim.
Devaneio com o pensamento, e estou certo que isto que escrevo já o escrevi. Recordo. E pergunto ao que em mim presume de ser se não haverá no platonismo das sensações outra anamnese mais inclinada, outra recordação de uma vida anterior que seja apenas desta vida (...).
Meu Deus, meu Deus, a quem assisto? Quantos sou? Quem é eu? O que é este intervalo que há entre mim e mim?
Meu Deus, meu Deus, a quem assisto? Quantos sou? Quem é eu? O que é este intervalo que há entre mim e mim?
in " O livro do Desassossego" de Pessoa (Bernardo Soares het.)
1 comentário:
Perfeita clarividência e lucidez :)
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