terça-feira, 15 de maio de 2007

Red Roses. Dead Roses?

Wrapped Roses, 1967

Christo


Poderá a iconoclastia no romantismo

asfixiar o amor?


1 comentário:

Anónimo disse...

Este será um dos melhores posts, na minha opinião, Lara.

A imagem não poderia adequar-se mais ao teu texto, pois mesmo sem o ler é na morte do amor que se pensa. "Asfixiado" como as rosas.

Se a iconoclastia no romantismo asfixia o amor? não sei... e poderá o romantismo, no sentido corrente da palavra, asfixiar o amor?

Sim. (ou não, se acontecer na justa medida)

Hoje o dia começou feliz.
Hoje foi tão fácil escolher a blusa vermelha e os saltos de 10 cm!
O locutor do programa da manhã brindou-me com aquela música que foi para mim um hino há 15 anos. E pensei, sorridente: 15 anos, meu Deus!...
Também hoje de manhã vivi uma cena digna de um filme de Jeunet.
Igualzinha no movimento, no colorido e nas sensações que em mim suscitou.
Nem banda sonora faltou, já que eu fiz questão de, em plena escadaria da cidade, me por a cantá-la! (só não abri os braços - ao jeito de titanic - e fechei os olhos, pois seria já ridículo demais...)
E não era para menos - esvoaçavam em redor de mim e ao sabor da brisa matinal, milhentas bolinhas das árvores de algodão que emolduram aquele retrato da cidade.

A cidade, que já tantas vezes me pareceu triste, adormecida e sem sabor, hoje tinha a vida e a cor de Jeunet. E a minha música.