.Death and Life.
Gustav Klimt
"(...) A explicação de nós, do que fazemos e vivemos, é tão ridícula. No fim de contas apenas constatamos. Mas inventar o porquê, formular uma lei dá-nos a pequena ilusão de dominarmos o desconhecido. Não dominamos nada: conhecemos apenas a nossa fatalidade.
- A vida é estúpida, Ema, não tem «porquê». Os actos essenciais da vida realizamo-los com os olhos fechados: o prazer da boa música, ou da boa mesa, ou o prazer amoroso, ou a união com Deus. Até mesmo, se quiser, o próprio «descomer». Tudo o que é essencial é cego. Fechamos sempre os olhos. É por isso que no-los fecham quando morremos, se os deixamos abertos. (...)"
Vergílio Ferreira, in Alegria Breve
7 comentários:
O que vejo... o que vejo...
Que até na vida existe um pouco da morte. Que com o crescimento (na vida, no sofrimento) nos vamos morrendo aos poucos. Que a cor da morte consegue estar presente até no cenário mais feliz. Mesmo ao lado do rubor das maçãs do rosto.
Ah! E sem qualquer pretensão: a mulher é vida:)
É evidente que também se vê a vida! Com tudo o que tem de melhor: os laços entre as pessoas. Laços familiares, de solidariedade, de amor de todas as formas.
Agora diz-me tu!!!
E já agora: o que achas que a morte tem na mão?
Para quê ter os olhos abertos se "o essencial é invisível para os olhos":)
Tão lindo:)
Que rico!!!:) está o teu blog.
O ceptro da morte, simbolizando o poder absoluto sobre a vida, eventualmente... mas reparaste de que retalhos é feita a manta da vida? Reparaste nos contrastes cromáticos que tecem a urdidura? Que belíssima metáfora/alegoria da vida... e da morte, inevitavelmente...
lindo!*****minha flor
Enviar um comentário