quarta-feira, 26 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
domingo, 23 de setembro de 2007
Au Revoir Simone
agenda-se: 5/12 . noite de algodão doce no Santiago Alquimista.
confirmadérrimo aqui
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sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Chiaroscuro
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
"Silencio..."
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Publicidade
O mimo, museu da imagem em movimento e a fotógrafa Maria Kowalski, irão levar a efeito um Workshop de “Fotografia no cinema”.
Este workshop terá lugar no Centro de Recursos Multimédia - mimo, museu da imagem em movimento - Centro Cultural Mercado Sant’Ana, nos sábados 6, 13 e 20 de Outubro das 14h30 às 19h30 e sábado, 27 de Outubro das 14h30 às 18h30.
São objectivos principais desta iniciativa, realçar a importância da imagem fotográfica no cinema, incentivar o espírito crítico relativamente à imagem fotográfica utilizada em cada filme, orientando uma reflexão sobre a intenção e a execução ao nível da imagem. Pretende-se também abordar a fotografia, numa perspectiva da estética no mundo cinematográfico.
Cada participante deverá possuir uma máquina fotográfica (digital ou analógica), mas que tenha função manual (obturação e/ou diafragma).
apareçam !! o valor da inscrição ronda os 75 euros ;)
aos alunos com aproveitamento será entregue um certificado de participação!
sábado, 15 de setembro de 2007
!
Sonho(s) de uma noite de Verão
o cinema, dizia André Bazin, substitui o nosso olhar para oferecer um mundo que se adeque aos nossos desejos
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Rosa-vivo-encarnado#2
notte e di v'amo e v'adoro.
cerco un si per mi ristoro;
ma se voi dite di no,
bell' ingrata, io morirò.
fra la speranza
s'afflige il cuore,
in lontananza
consuma l'hore;
si dolce inganno
che mi figura
breve l'affanno,
ah! troppo dura.
cosi per tropp' amar languisco e muoro
notte e di v'amo e v'adoro.
cerco un si per mi ristoro;
ma se voi dite di no,
bell' ingrata, io morirò.
zerbinetti, ch'ogh'bor con finti sguardi,
mentiti desiri,
fallaci sospiri,
accenti bugiardi,
di fede vi pregiate,
ah! che non m'ingannate,
che già so per prova,
ch'in voi non si trova,
constanza ne fede;
oh! quanto è pazza colei che vi crede!
quei sguardi languidi
non m'innamorano,
quei sospir fervidi
più non m'infammiamo;
vel giuro a fè.
zerbino misero,
del vostro piangere
il mio cor libero
vuol sempre ridere,
credet'a me,
che già so per prova
ch'in voi non si trova
constanza ne fede;
oh! quanto è pazza colei che vi crede!
Untitled # 305
"rien à faire"
exasperante, pensava em Godot. G.o.d.o.t.
exasperante, mascava os nervos de sabor a menta. m.e.n.t.a
exasperante, lia Camus para interiorizar o conceito do absurdo. a.b.s.u.r.d.o
a.b.s.u.r.d.o.
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- alors, on y va?
- allons-y.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Prêt-à-Porter
jjjjjjjkkk
.gosto de levar à letra o sentido da "apropriação" .
É aconselhável ilustrar o conceito de aura, acima proposto para objectos históricos, com o conceito de aura para objectos naturais. Definimos esta última como manifestação única de uma lonjura, por muito próxima que esteja. Numa tarde de Verão descansando, seguir uma cordilheira no horizonte ou um ramo que lança a sombra sobre aquele que descansa - é isso a aura destes montes, a respiração deste ramo. Com base nesta descrição, é fácil admitir o condicionalismo social da actual decadência da aura. Essa decadência assenta em duas circunstâncias que estão ligadas ao significado crescente das massas, na vida actual. Ou seja: "Aproximar" as coisas espacial e humanamente é actualmente um desejo das massas tão apaixonado como a sua tendência para a superação do carácter único de qualquer realidade, através do registo da sua reprodução. Cada dia se torna mais imperiosa a necessidade de dominar o objecto fazendo-o mais próximo na imagem, ou melhor, na cópia, na reprodução. E a reprodução, tal como nos é fornecida por jornais ilustrados e semanais, diferencia-se inconfundivelmente do quadro. Neste, o carácter único e durabilidade estão intimamente ligados, como naqueles a fugacidade e a respectividade. Retirar o invólucro a um objecto, destroçar a sua aura, são características de uma percepção, cujo "sentido para o semelhante no mundo" se desenvolveu de forma tal que, através da reprodução também o capta no fenómeno único. Assim, manifesta-se no domínio do concreto o que no domínio da teoria se torna evidente, com o crescente significado da estatística. A orientação da realidade para as massas, e, destas para aquela, é um processo de amplitude ilimitada, tanto para o pensamento como para a intuição (...).
(...) Porque: as tarefas que são apresentadas ao aparelho da percepção humana, em épocas de mudança histórica, não podem ser resolvidas por meios apenas visuais, ou seja, da contemplação. Elas só são dominadas gradualmente, pelo hábito, após a aproximação da recepção táctil (...). A recepção na diversão, cada vez mais perceptível em todos os domínios arte, e que é sintoma das mais profundas alterações na percepção, tem no cinema o seu verdadeiro instrumento de exercício.»
Walter Benjamin in "A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica", ensaio publicado em 1936
Strange love
Once I had a strange love, a mad sort of insane love,
See once I had a strange love,
And once I had a strange love a psychic unexplained love,
And once I had a strange love,
And once I had a strange love,
Yes, once I had a strange love,
You see i’ve had some strange love,
Intervenção divina
subversivo.polissémico.político.apolítico.
perfeito.
em suma: um dos melhores filmes realizados no séc. XXI, até ao momento.
domingo, 9 de setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
indie + punk + electronic + dance + :) + ; P = Klaxons
terça-feira, 4 de setembro de 2007
domingo, 2 de setembro de 2007
Impressão sobre natureza - morta
Paulo Sebastião
pretendia ressuscitar a natureza-morta que se encontrava
asfixiada. desidratada.
pela secura da sala
São Trindade
o copo de água não conseguiu m|a|t|a|r sua sede
e diluir a densa atmosfera
.quente.
não conseguiu conceder vida à natureza-morta
Vítor Pomar
já que o resultado não foi o cenário desejado
.perfeito.
ela vingou-se:
serviu-se da ventoinha, que agiu e falou por ela
.personificou-se.
.eis a sinestesia da r|e|b|e|l|i|ã|o.
O calor fazia-se sentir no nosso gabinete. Incomodava tanto quanto o silêncio, desconcertante, que censurava cada gesto e movimento meu. Eu não queria perturbar-te. Não queria que qualquer ruído meu pudesse desconcentrar-te.
A vontade de descruzar as pernas era imensa. Mas não tanta quanto o desejo de ser abraçada por ti, de sentir o vigor com que intensamente cinges os rolos dos projectos, esboços, croquis de plantas que diariamente transportas junto ao peito.
Fiz um esforço tremendo para não descruzá-las e não as descruzei! Creio que não foi por causa do eventual ruído que pudesse ocasionar. Perturbando-te. Mas sim, pela cena ordinária vulgarmente identificada com os filmes românticos pipoqueiros. Não, não as descruzei, nem humedeci os lábios, não!
Decidi ter um comportamento racional. Levantei-me, arredei a secretária e fui buscar um copo de água.
Compreendeste o prelúdio desta dança dessincronizada e abriste a janela. Sorrimos em uníssono num compasso finalmente assertivo."Está calor"!
A brisa fresca invade o gabinete, entra-me pelas narinas, ouvidos e pensamentos, passando então a ser cúmplice dos meus intentos. Rouba a minha ira e viola o sossego do gabinete. do nosso gabinete. Mudo.
Foi ela quem perpetrou a primeira contenda - um turbilhão de papéis ficaram dispersos, lápis rebolaram pelo chão, réguas caíram e esquadros estilhaçaram-se...
Juntos apaziguámos este cenário que parecia ser um perfeito pretexto. Tocaste-me, roçaste-me ao de leve com os teus braços... e o inevitável arrepio da minha pele, bem como o rubor do meu rosto não tardaram a denunciar minha fraqueza!
- "Atchim! Perdão". O meu espirro interpelou-me, interpelou-nos. Interpelou este momento. Raios!
- "Santinha"!.
"Santinha"? - pensei eu - podias ter-me chamado de tudo, menos de santinha... não me parecia que este momento fosse o mais apropriado para ser beatificada.
Entretanto, em jeito de sobressalto rompante, o telefone toca, quebrando o sacrilégio desta minha visceral fantasia. Ele atende.
Com uma mão estende virilmente os rolos dos esquissos sobre a sua secretária e com a outra repousa delicadamente o auscultador no ombro e enceta a conversa com a sua voz máscula. prosaica. serena.
Maldito sejas! Por breves instantes quis que o meu corpo fosse rolos de papéis e minha face um estúpido telefone. Fiquei enciumada.
Gaita! Que se lixe! Chegou o momento de ligar a ventoinha para assistir ao lindo espectáculo de ver tudo a "ir pelos ares"!!! Que o ruído ensurdecedor da ventoinha boicote a tua chamada e que a tralha de projectos se dispersem pelo ar!
Peço desculpa pelo incómodo, mas estava demasiado calor.
(a pedido da c.)
:
.
esquece-me. quero andar
ao sabor do meu instinto
cultivado na desgraça.
o amor,
- deixa um travo, mas passa.
não tenhas pena.
do alto do meu aprumo
desafio a tua verve:
- para morrer,
qualquer lugar,
qualquer corpo,
e qualquer boca me serve.
António Botto
sábado, 1 de setembro de 2007
Para o service-room da pensão: pretexto
- sete cobertores de pura lã virgem;
- quatro lençóis de linho;
- trêsmm " mmiiide algodão;
- cinco mantas de flanela felpuda axadrezada ;
mmmmmmmmm
A terra
e relevos da paisagem -
antes que amanheça
mmmmmmmmmm
Os meus pés tingiram-se de luto. Sujidade foi a cor da sedução.
as marcas de suor que deles exalavam tatuavam o teu chão, deixando-te irritado. não conseguias compreender que o que eu mais queria era imprimir a presença física do meu corpo na tua casa. gostava de percorrer a tua casa, descalça, até os meus pés ficarem enegrecidos... até os meus pés ficarem carcomidos pela sujidade que se me entranhava entre os dedos. deixava-te, novamente, irritado. "gosto dos teus pés imaculados, não sejas parva!", criticavas-me tu, prosaica e opacamente.
o tão ansiado beijo da despedida era sempre o mesmo: frio e cerrado - a repreensão supostamente merecida de quem se sentia enojado pelo facto da namorada sair de casa com os pés sujos.
.não quero caminhar mais contigo.
[cansei-me de poluir os meus "imaculados pés"]