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esquece-me. quero andar
ao sabor do meu instinto
cultivado na desgraça.
o amor,
- deixa um travo, mas passa.
não tenhas pena.
do alto do meu aprumo
desafio a tua verve:
- para morrer,
qualquer lugar,
qualquer corpo,
e qualquer boca me serve.
António Botto
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