domingo, 2 de setembro de 2007

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esquece-me. quero andar

ao sabor do meu instinto
cultivado na desgraça.

o amor,
- deixa um travo, mas passa.

não tenhas pena.

do alto do meu aprumo
desafio a tua verve:

- para morrer,
qualquer lugar,
qualquer corpo,
e qualquer boca me serve.

António Botto



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